terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Saudade



É o meu terceiro dia neste país gelado onde não percebo o que as pessoas dizem. Sinto-me sozinha. Tenho saudades do Sol, da minha gata, dos meus avós, da minha casa, dos meus pais. E quando fico assim melancólica o que me anima é cozinhar e escrever.
Como não posso publicar tudo o que me vem à cabeça voltei a escrever um diário e reformulei o blog. Desta vez c'est vrai... Estou por aqui para ficar.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Adeus 2008




Com o fim do ano, as resoluções para o ano novo e o balanço do ano velho.
Há um ano a minha vida estava muito diferente… O que aprendi este ano foi não fazer planos. Não controlo o inesperado. Agora os objectivos não cumpridos são passado… e a verdade é que agora sou muito, muito mais feliz.
Ano novo, vida nova. Vou começar a escrever mais neste blog. Vou embora, vou para a Alemanha, finalmente vou viver com o meu namorado e tocar a minha carreira para a frente.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


Jean Shrimpton, New York 1962


Eh pah… por aqui quer tudo ver-me pelas costas!

Os plátanos da alameda começam a pintar de amarelo e eu e a Queen B voltamos a tagarelar como antes. As amizades são como as estações do ano… vão e voltam e sem darmos por isso. Num momento estamos a assar ao Sol como frangos da Guia e no outro estamos a embrulhar-nos em estolas de pêlo sem suar como uma modelo de biquíni num anúncio de cerveja.

Vem aí a minha estação preferida, o som da chuva à noite, as castanhas, o cheiro do material escolar novinho e da lareira a crepitar. Ai, ai…

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Impermanência

E eis que outro abalo sísmico de grau 9 na escala de Richter devasta os planos que eu andava a edificar na minha vida. Uma proposta de trabalho na Alemanha, na minha área de formação e com boas perspectivas de carreira.

Ainda estou atordoada para tomar decisões… mas que acham do sítio onde me propõem viver agora?



Heidelberg, Alemanha

domingo, 7 de setembro de 2008

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


O F., que estuda línguas modernas (ou afim) a criticar os "fazedores" de blogs: "Há quem deveria pagar para escrever. Isso é para gente que acha que sabe escrever ou que se acha muito inteligente..." Auto consideração é salutar, querido! Eu cá adoro-me.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Para os meus amigos que se perguntam por onde ando e o que ando a fazer, digo-vos que nos últimos três meses a minha vida mudou completamente. Resumindo, e por ordem cronológica, o que mais ressalta:

+ Acabei o meu curso;

+ Eu e a Queen B deixamos de falar, já nem sei bem porquê;

+ Vi-me desempregada;

+ Fui pedida em casamento e disse que sim;

+ Quando os meus pais foram de férias e eu fiquei sozinha em casa, a minha cachorra esteve internada com uma virose bastante grave que por pouco não a levou;

+ Tive dois acidentes de carro, ambos sem ter culpa nenhuma e sem feridos, um dos quais poderia ter sido fatal e o outro foi com um senhor alcoolizado que estava em liberdade condicional e que, pelo que eu ouvi, já está dentro outra vez;

+ Comecei a trabalhar num dos meus bares preferidos;

+ Faleceu uma priminha minha que já estava doente há alguns anos;

+ Inscrevi-me num curso de cozinha.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Versatilidade vs incoerência?




Posso dizer que a minha vida mudou muito nos últimos tempos e ainda me estou a habituar à mudança. Não tenho dois segundos de sossego para escrever seja o que for, mas mesmo que tenha, escrever sobre o quê? A inspiração tem sido gasta noutras coisas e sendo uma purista não consigo arranjar um fio condutor para este blog, excepto continuar a ser eu mesma, seja lá o que isso fôr.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Mariza na Expofacic




Depois da desilusão pelo concerto de Coimbra, no Pátio das Escolas, ao qual não fui pela exorbitância do preço, surgiu a possibilidade de a ir ver à Expofacic pela quantia simbólica de 2,5€.

À minha volta cerca de 65mil pessoas. Havia desde doutores a senhoras com sotaque e com o banquito de ir a Fátima, passando por um adolescente parvo que gozava com tudo.

Diva é a palavra que me veio à cabeça no momento em que ela saiu do palco e veio cumprimentar o público, ultrapassando as grades. Não é qualquer pessoa que o faz… Adoro-a! Adoro a silhueta esguia e a forma como se inclina para trás, adoro a roupa, o estilo, as letras, a simpatia, o vozeirão que até nos dói os ouvidos nos agudos, a presença em palco, adoro tudo! 2,5€ pelo melhor concerto a que já fui!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Sopa

Um destes dias no Sociedade Civil falava-se de crises nas relações durante as férias. Lá foi dito uma coisa que me ficou a retinir na memória, por motivo nenhum em especial.

Não consigo transcrever exactamente as palavras, mas era assim: Quando o casal começa a sua relação ambos têm a sua sopa preferida, a especialidade da sopa da mãe, normalmente. Ao fim de três anos, dizia a senhora, que se o casal não tiver a sua própria sopa é mau sinal. O meu casal casado amigo mais próximo concorda e já têm a sopa deles, sopa de feijão verde.

Giro não é?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Coimbra mexe-se

Numa noite quente de verão não há nada como sair para o ar livre ver o que a cidade tem para oferecer e, pelos vistos, Coimbra tem dado muito a oferecer!

Depois de um jantarinho feito por ele e de um cafuné à sobremesa, fomos parar a um concerto de um grupo de fados no Pátio da Inquisição. Surpreendeu-me a quantidade de gente que enchia a praça e sabia a Samaritana de cor.

Depois, mais tarde, enrolados ao paleio num canto do bar do Jardim da Sereia ao som da Gala da Guitarra de Coimbra, uma surpreendente e giríssima mistura de folk.

Tenho ido a alguns concertos, organizados por aqui, como os GNR e GNR e o Jorge Palma, mas além da musica comercial portuguesa, o ênfase no património cultural é definitivamente uma realidade a descobrir.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Honestidade

Closer (2004)

Ia começar por dizer que não é o meu forte, mas a verdade é que acho que não é o forte de ninguém. Eu complico (claro, sou mulher, diria o T.) e custa-me a dizer as coisas difíceis e mais sérias. Mas não posso dizer que sou desonesta. Nunca fui. Nem todos vêem o que sou, mas não sou falsa com ninguém.

- És demasiado… simpática. - Dizia-me o J. quando me explicou porque se afastou de mim devido às minhas companhias. Claro que “as minhas companhias” nunca soube o porquê. Sim… porque eu não sou honesta o suficiente para lhe contar. E porque cada vez mais estou a aprender a não perdoar e não me calar, sem deixar de ser simpática, mas para quem o merece.

Gosto deste filme, o Closer. A riqueza do argumento e do talento de quem lhe deu vida. Fala muito da honestidade. Cada vez que o vejo, e nunca me canso de o fazer, repenso certas atitudes que tive, e tenho. Recomendo!

sábado, 14 de junho de 2008

Prazer é . . .

"Sabias que quando os pinguins encontram parceiro ficam juntos o resto da vida?
...
Queres ser o meu pinguim?"

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mamã, eu quero!

imagem do filme Roman Holidays

Nada como andar de cabelos ao vento num dia primaveril a bordo de uma vespa prateada.

Não é tão giro? Eu quero…

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Prazer é . . .

E a seguir um tema... para dedicar ao meu amorzinho. O amor é lindo não é?

É primavera! Toca a sair do ninho. Divirtam-se!!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Espelho meu, espelho meu, há alguém mais adorável do que eu?


Paris Hilton a devorar um Mc gigante. Autor desconhecido

Todos os meus amigos são diferentes. E eu, eu sou encantadora. Dou-me com todo o tipo de pessoas porque não costumo julgar ninguém e não gosto de ouvir alguém a maldizer de graça seja quem for. Gosto de ser adorada. Vêem algum mal nisso?

Espelho meu, espelho meu, há alguém mais adorável do que eu?

Parece que a M. está-me a tentar roubar o titulo. Quem não gosta de meninas tontinhas que fazem asneiras e depois se arrependem?

Depois de espalhar uma alcunha muito pouco lisonjeadora ao ex-doce, que se espalhou como penas no vento e a meu ver muito bem merecida, M. ficou consternada com o facto de todos gozarem com ele. É a crença chinesa do ing e yang em pleno, nem somos completamente bons nem completamente maus… e por muito que se esteja magoado com alguém, a compaixão fala mais alto e não se quer ver essa pessoa a sofrer. Parece que a nossa crazy bitch de serviço afinal não é assim tão má.

Queres um conselho de amiga? Não te refugies nos doces e nos McMenu… Hoje parece que o verão vai voltar, e nada como um bom smoothie cheio de gelo para estimular a disposição.

quinta-feira, 29 de maio de 2008


Esta tarde é para esquecer, mesmo.

Não… aquele abraço forte que me deste quando comecei a chorar compensou a tarde toda.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Gossips

A M. tinha acabado de dizer que quando fosse sair com o Payboyzinho levava uma mini-saia e um top pelo umbigo.

- Olha o top daquela… que vulgar, que puta!

Eu cá dava-lhe o desconto, afinal de contas a Drama Queen é fascinada com a cultura árabe… mas isso sou eu, porque a M. tomou aquilo como pessoal e todos sabemos como ela adora o papel de cabra.

- O top é giríssimo e fica-lhe bem. Lá por seres baixa e gorda e não poderes usar aquelas roupas, não podes andar a chamar puta às pessoas.

Parece que toda a gente na sala a olhou com esgar de incredulidade e ódio.

- Pudera… são todas baixas e gordas.

M., querida, quando é que aprendes a ser simpática e querida e fofa e adorável como eu?



terça-feira, 27 de maio de 2008

o blog é um diário

É como ler o teu diário, diz ele, à medida que lhe vou passando os links para os blogs. É verdade, a minha a minha vida em fragmentos de textos, penso.

Gostava da Lu, não gosto da Ana.

Queria-lhe dizer que somos a mesma pessoa. A Ana e a Lu. Que a Lu tinha sonhos, viveu muitas coisas, mas estava perdida e teve que aprender à própria custa a redefinir prioridades. A Lu estava perdida e que a Ana encontrou-se.

Como um oásis num deserto. Ele é água num deserto de areia.

Mas não deixa de ser a Lu só porque aprendeu a cozinhar e está apaixonada.

Breakfast is back


Acordo espontaneamente às nove da manhã. Não consigo dormir mais. E agora? Que vou fazer?

Levanto-me, visto um casaco e vou à varanda. A luz clara da manhã ilumina o bulício agitado dos carros de quem está atrasado para o emprego e dos carros comerciais de quem já está a trabalhar.

Sou diurna. Pela primeira vez em anos. E tenho fome. Fome de leite com torradas e cerais e sumo de laranja e de pão fresco.